sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Um parto




Hoje começo a postar. E considero isso um nascimento.
A idéia que motivou a geração deste blog foi a sensação de anonimato.
Vivo num mundo cheio de dinâmica, de interação, de quebra de paradigmas.
Todo esse ambiente de inovação e vanguarda me parece preso a um discurso. Ponho o pé pra fora de casa e só vejo caos, imobilidade, individualismo e a impressão de estar com as mãos atadas em plena transformação mundial.
Para garantir um lugar no mundo, é necessário partilhar do pensamento único.
O que é considerado informação no século XXI?
A padronização da notícia, a massificação da informação contribuem para manter tudo como está. Mas é preciso buscar soluções.
Eis a solução que encontrei: escrever sobre o anônimo, sobre aquilo que não é constantemente abordado, sobre uma sensação, uma cena qualquer - comum ou diferente -, que desperte algo inusitado em quem a veja. Enfim, quero tratar de histórias dissolvidas na imiscuidade do mundo moderno, tão anestesiado pelo discurso de que tudo está evoluindo.
De fato, não estou satisfeita em viver minha vida no mundo como ele está hoje. Quero transformar tudo ao meu redor, sempre visando o bem, sempre com amor. "Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura", já disse Guimarães Rosa.
E foi com muito amor* que este parto aconteceu.
*Gostaria de ressaltar que utilizo o termo amor não no sentido de afeição constante e calorosa. Karen Armstrong, em seu livro A grande transformação: o mundo na época de Buda, Confúcio e Jeremias, ressalta o fato de que o mandamento amor nos tratados do Oriente Médio significava ser prestativo, leal e ajudar o próximo concretamente. Amor, portanto, não deve ser um sentimento demasiado utópico e idealizado; deve, sim, estar ao alcance de todos. Não é algo sentimental, mas prático. Assim eu me expresso.

Um comentário:

  1. assim te expressas na pressa jornalista de uma seratonina companheira.
    seja & veja & sinta & conduza os passos próprios sempre em direção ao amor próprio.

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