terça-feira, 25 de agosto de 2009

Mesmice nossa de cada dia, não nos dai hoje, Senhor


O mundo é muito grande, não é mesmo? Imagine a quantidade de rostos que vemos todos os dias, desde o momento em que saímos de casa até a hora em que fechamos os olhos para dormir para recarregar as energias e iniciar o dia seguinte. Vemos vizinhos, o porteiro do prédio, os saudáveis que fazem caminha pela manhã, os camelôs se estabelecendo pra vender seus produtos. Um mendigo olha atônito o movimento dos carros, o vai-e-vem de gente - a vida social é uma vitrine, um produto que ele só observa pelo lado de fora. A padaria da esquina tem seu movimento típico: uma pausa no caminho do trabalho para um café, sempre vendo rostos e mais rostos: a TV sempre ligada, um jornalista anuncia os crimes da magrugada. Muitos rostos, e esse foi só o techo matinal.

É tanta gente no mundo! E a pressa cotidiana impede que conheçamos tantas vidas interessantes.

Na banca de jornal, há muitos rostos também. Anúncios publicitários, revistas femininas, a vida explorada das celebridades e as notícas. Divulga-se em massa a imagem das mesmas caras. Toujours la même chose. Monótono, entediante.

Eu, que acordei tão ávida de ver rostos novos, vidas novas, histórias novas, acabo de ser puxada para o esgoto, numa força em direção ao ralo.Idéias repetidas, o mesmo visual, sempre mesmo, das mesmas coisas que nunca se inovam. Ai, minha inspiração acabou!!!!!!

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